Entrevista com A Equipe RCA Autores de Allia e o Lufereino 





1. Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira?


Rafaela: Comecei a escrever bem nova, ainda não tinha lido grandes livros, apenas paradidáticos escolares. Fazia histórias curtas ou reescrevia o final de algum livro/filme que eu não tinha gostado. Nessa idade ainda não pensava em ser escritora, nem sabia o grande significado disso. Era do tipo que chegava em casa e escrevia como tinha sido meu dia. Porém, aos 12 anos escrevi meu primeiro livro “O começo perfeito”; tinha umas 80 páginas e imaginei como seria legal alguém ler, mas nunca tive coragem de mostrar a ninguém. Quando conheci Júnior, comentei com ele esse hobby e logo ele pediu pra ler (detalhe: até hoje só ele leu). Desde então tudo começou, passamos a ter esse sonho em comum e junto com Cinthia estamos pondo em prática o nosso desejo de dividir com todos, o mundo mágico de Ailla e o Luferino, trazendo-os também para viver essa grande jornada conosco.

Cinthia: Na verdade não! Eu comecei a escrever fanfics para um site chamado Fanfic Obssession por pura diversão! Acreditei que as pessoas poderiam gostar de algo que eu escrevesse, já que gostavam das minhas redações no colégio (rsrs), mas nunca sequer cogitei investir nisso como carreira. Não, até agora!

Junior: Sempre quis fazer parte de uma coisa grande, de compartilhar minhas ideias com as pessoas, e a parceria com as meninas na construção de Ailla e o Luferino é a realização desse sonho. Nada é tão gratificante quando ver a superação das expectativas de um leitor após ler sua obra.


2. Seu principal critério para a escolha de uma leitura é o título, o autor ou o assunto?


Rafaela: Eu não sou tão criteriosa assim pra ler, leio tudo que me chama atenção. Por exemplo: um livro como A Seleção, achei a capa deslumbrante, não conhecia a autora e fiquei em dúvida quanto a ler mais um livro de “princesa”, pois achava que todos os temas sobre esse assunto já tinham sido abordados e me surpreendi em cada detalhe, a cada capítulo. TUDO tem que atrair você para ler, desde a capa. Vamos e convenhamos: quem hoje em dia não olha para uma capa P-E-R-F-E-I-T-A e não diz “Eu preciso ler esse livro!”. Então sinceramente, o que me atrai para um livro é minha curiosidade em como aquele assunto pode ser abordado, por aquele autor específico.

Cinthia: Definitivamente o título chama muito a minha atenção! De cara, quando vejo um livro, se o título dele me atrair, corro em direção ao exemplar para virá-lo e ler sua sinopse! E daí se ela me fisgar, eu compro o livro!

Junior: Independente de ser conhecido ou não o autor, o título e o assunto escolhido são meu critério de escolha, ou seja, o conjunto da obra. Por exemplo: você pega um livro que na época de 1950 foi lançado com o título de "O leão a feiticeira e o guarda-roupa", e se pergunta como assim que título é esse? Da uma olhada na sinopse e tem um vislumbre do que o sujeito quis dizer com um título tão singular. E depois de ler o livro você termina comprovando a genialidade do autor.


3. De onde vem os seus personagens? São inspirados em pessoas reais ou em fatos?


Rafaela: Todos os meus personagens tem alguma inspiração, e mesmo que não se pareçam fisicamente, geralmente são pessoas, porque são delas que tiro suas personalidades. Aqueles que lerem Ailla e o Luferino e me conhecerem bem vão rir ao notar pequenos traços meus em Ailla, como o fato dela perder as suas coisas constantemente. Sem falar nas brincadeiras feitas com os nomes no decorrer de todos os livros, mas não vou contar aqui, vou deixar para que os leitores descubram com o tempo.

Cinthia: Acredito que quando se cria uma personagem, ela carrega um pouco de você e do seu mundo. Natasha, por exemplo, tem características minhas, como o fato dela ser organizada, mas a euforia adolescente dela é um retrato fiel da minha irmã! Eu gosto de criar personagens em que as pessoas se espelhem e possam dizer: Nossa! Isso parece tanto comigo! E então, se parece com você, isso lhe dá esperança de que um dia possa ser você vivendo uma aventura mágica em sua vida simples, porém extraordinária!

Júnior: Costumo dizer que personagens são como filhos, involuntariamente eles vão carregar traços de seu criador e à medida que são construídos independente de serem homenagem a alguém ou não o meio em que eles foram inseridos, vão contribuir na sua personalidade.

4. Qual de suas obras/personagens é seu favorito? Por quê? O que ele significa para você?


Rafaela: Essa é a pergunta mais complicada até agora, é difícil escolher apenas um personagem, cada um deles foi criado de maneira singular e cada um tem suas peculiaridades. Porém, eu conheço uma Ailla que vocês vão conhecer no decorrer dos livros e preciso admitir, tenho um enorme carinho por toda sua história de amadurecimento.

Cinthia: Não se se consigo preferir um ao outro! Todos eles são como filhos... Uns mais parecidos comigo, outros bastante diferentes, mas todos especiais e únicos!

Junior: Sou de uma geração que devorava quadrinhos da Marvel e da DC bem antes dessa ascensão cinematográfica atual de ambos. E o Ven Hailer para mim é uma homenagem a esses Heróis que alegraram minha adolescência.

5. Música de fundo é indispensável?


Rafaela: Amo músicas e com toda certeza, elas me inspiram, mas não posso dizer que é indispensável. Às vezes estou em determinado lugar e uma determinada cena me traz a inspiração para escrever. Creio que o cotidiano e as pessoas, essas sim, são indispensáveis.

Cinthia: Com toda certeza! Não funciono sem música! Para mim é fundamental!

Junior: A música é a mais completa de todas as artes, ela transita por todas as classes e por todas as idades, atravessa a barreira do tempo e do espaço. Não tem como produzir nada sem ela.

6. Além de escrever, o que mais faz?


Rafaela: Sou Fisioterapeuta, atualmente trabalho na Unicare – Unidade de Cuidados Pediátricos, uma Clínica onde atendo apenas crianças, em Juazeiro do Norte - CE e no Hospital e Maternidade São Francisco de Assis, em Crato-CE.

Cinthia: Eu sou graduada em Fisioterapia e no momento atuo como fisioterapeuta componente da Equipe de Fisioterapia da UTI do Hospital Regional Fernando Bezerra, em Ouricuri – PE, que é minha cidade natal!

Junior: Sou formado em administração e marketing e atualmente me encontro totalmente dedicado ao nosso livro.

7. O mais difícil: a primeira ou a última frase?


Rafaela: Sem dúvidas, os dois! Você precisa imaginar um meio de começar, sem que ele seja cansativo e que já prenda o leitor desde o início. E dar um fim a sua história de maneira que, caso tenha continuidade deixe um espaço e vontade de “querer saber mais” e caso seja o desfecho final tem que ser glorioso como foi toda a história.

Cinthia: A primeira frase! Começar é sempre um desafio enorme! Por mais que se tenha a base do que se pretende escrever esquematizada, escrever a primeira linha é como dar o primeiro passo quando se é bebê... Você pode continuar a andar ou pode cair! É um risco e você realmente precisa ser ousado para escolhê-lo!

Junior: A última frase, porque fechar um capítulo e deixar um gostinho de quero mais não é fácil (rsrsrs).


Trecho do Livro

"Ailla vai até seu guarda-roupas e tenta encontra-lo, mesmo sabendo que ele não estaria ali. Naty ainda observa a amiga, sem entender o que estava acontecendo, cansada ela se deita e grita, ao constatar que ele estava ao seu lado, encostado no travesseiro... "





      Cinthia Silva, Rafaela Souza e Airton Júnio


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