Conversando com o escritor Clayton De La vie






1- O que você acha de blogueiros fanáticos por livros? 
Essa é uma questão muito interessante e que, sem sombra de dúvida, deveria ser posta em pauta. Particularmente, sou um fanático por livros e acredito que todos deveriam ser também. No entanto, o que eu tenho visto atualmente são pessoas que se julgam fanáticas por livros, mas que só leem. Isso, necessariamente, não é algo bom. Devemos tirar um proveito de nossas leituras, fazer reflexões acerca do que lemos, interpretar as entrelinhas, não apenas passar os olhos nas páginas. O fanatismo literário é maravilhoso quando, além de ler, o blogueiro faz uma análise do texto ou permita que a literatura agregue um novo ideal ou valor à sua vida. Caso contrário, é uma piada. 

2-Lendo um romance, vendo um filme, uma novela, gostaria de mudar o final? Citar exemplos? Não, acredito que toda criação deve ser respeitada. Se o autor desejou assim, que seja. Mesmo que o final não me agrade, não me oporia à decisão porque gostos são relativos. 

3-Quando começou a ecrever, já fazia planos de serguir carreira? 
Eu comecei a escrever muito cedo. A minha série Seres do Além foi escrita quando eu tinha onze anos, e eu já desejava seguir carreira como escritor. As letras sempre me fascinaram. 

4- Além de escrever, o que mais faz? 
Durmo. Nos tempos livres assisto anime. 

5-Música de fundo é indispensável? 
Não colocaria dessa forma. Quase sempre que estou escrevendo, ouço música, mas o processo também se repete no banho. Às vezes, longe de casa, começo a escrever sem qualquer música de fundo; e isso não interfere negativamente na criação. 

6- É notívago ou só cria à luz do dia? 
A minha criação se faz a partir de momentos, depende do meu humor e disposição. Geralmente escrevo durante a madrugada, enquanto assisto ao noticiário, mas não deixo de escrever durante a manhã. Quando uma ideia nova aparece, já começo a digitar. 

7- O mais difícil: a primeira ou a última frase? 
Sem dúvida alguma, a primeira. É no ínicio que se deve prender o leitor, é o início que a história tem que despertar a curiosidade a ponto de fazê-lo se aventurar pelas páginas seguintes. Quando alguém chega à última linha significa que cativamos sua atenção, portanto é mais fácil finalizar: uma ponta de drama ou desespero. 

8-O seu primeiro leitor: você, seu gato, um parente, amigo, editor? Ou convoca a gangue inteira para uma avant-premiére? 
Minha primeira leitora foi a Marli Palandi, uma grande amiga e bibliotecária. Na época em que a conheci, em 2011, tinha finalizado alguns livros, mas pretendia lançar "Seres do Além". Ela foi a única pessoa que teve acesso ao texto antes de publicado, me ajudou com alguns nomes e deu ótimas dicas de escrita. Devo muito a ela e, sendo assim, é a única pessoa a quem dedico a série. 

9-quais eram seus passatempos que te levaram a querer contar histórias? 
Sempre fui uma criança isolada, sofria zuações na escola, era o estranho, "nerd" e calado da turma. Durante a infância tive poucos amigos, apenas três - que desapareceram conforme eu mudava de cidade, ou eu desapareci? No entanto, eu gostava de brincar na rua - andava de carrinhos de rolimã, jogava volêi e estourava meus dedos com as bolinhas de gude. Por ser uma criança muito só, cresci em meio aos livros. Na escola gostava de visitar a biblioteca e me fascinava muito. Queria descobrir se eu despertaria a mesma emoção. 

10-De onde vêm os seus personagens? são inspirados em pessoas reais ou em fatos? 
A maioria dos meus personagens é inspirada em mim. Pode parecer egocentrismo, mas não é. Gosto de atribuir características minhas a eles, pois é muito mais simples conviver comigo mesmo. 

11-Qual de suas obras/personagens é seu favorito? porque? o que ele significa para você? 
A minha personagem favorita é a Christine Richard, de Seres do Além. Ela é a típica mulher brasileira: teve uma infância sofrida, precisou mostrar a todos que era capaz e chegou lá. Mas, ao mesmo tempo, ela pode ser cruel. E isso é ótimo. Não acredito em pessoas totalmente boas e gosto de mostrar isso nos meus livros, adoro trazer à tona o demônio que habita no coração humano. 

12-alguns fato sobre você? 
Não gosto de andar de bicicleta. Sou acrófobo. Detesto futebol e amo anime. 

13-curiosidades sobre seus livros? 
Meus livros são repletos de curiosidades, mas só posso mencioná-las a quem leu: os outros diriam se tratar de spoiler. Deixarei duas: "A Mordida do Vampiro" foi escrito em apenas cinco horas. "Beije Minha Bunda - perfil de um assassino" é baseado em fatos reais e foi o único livro que me fez lamentar a morte de um personagem. 

14- Você já tem algum livro novo em mente para ser publicado? 
Sim, estou trabalhando em quatro projetos novos: a continuação de A Mordida do Vampiro. Um livro que narra as origens de Seres do Além. Uma coletânea de contos de fada e um livro de terror.

Sinopse: Nossas palavras, nossas ações e nosso modo de agir podem influenciar muito mais do que imaginamos. Crescendo em meio a brigas e humilhações provocadas por seu pai alcoólatra, Pietro tornou-se um adulto complexado, um assassino sádico que acredita fazer um bem enorme à humanidade ao subjugar vidas. O homem não poupa esforços em suas torturas e, praticante compulsivo de sodomia, aproveita cada oportunidade para abusar sexualmente das vítimas. Na década de sessenta, quando a polícia não possuía tantos recursos, até que ponto uma matança desmedida podia se estender?

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9 Comentários

  1. Querida, adorei responder às suas perguntas e agradeço por todo o apoio e carinho. Agradeço, aliás, por toda a sua disposição em divulgar a literatura nacional. Desejo muito sucesso!! Que nossa amizade possa acrescentar uma nova luz às estrelas <3

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  2. Adorei. Preciso conhecer A Mordida do Vampiro.

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  3. Estou louca para ler este livro, amei a entrevista!

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  4. a entrevista ficou perfeita ..adoreii

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  5. Ooie! Nossa, esse autor é bem profundo, não é? Gostei da entrevista, mas não sei se leria seu livro, já que não sou uma leitora do gênero. Mas, para quem for ler, que tenham uma boa leitura.
    Beijos!

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