Em seu icônico clássico, Kafka nos apresenta um personagem que, logo nas primeiras frases do livro, já encontra-se metamorfoseado em um inseto gigantesco. SIM! UM I-N-S-E-T-O.
Gregor Samsa, um simples caixeiro-viajante acorda metamorfoseado em um grotesco e asqueroso inseto, dotado de tamanho descomunal, proporcional a seu corpo humano. A partir de então, o personagem tem de enfrentar conflitos que perturbam o psicológico do leitor. Até mesmo a simples atividade de abrir a porta já nos traz uma agonia (e certo nojo), ponto positivo da escrita de Kafka, a alta empatia praticamente imposta ao leitor.
Sem mesmo perceber, somos arrastados para dentro da  história, presos ao personagem, e passamos a sofrer com ele.
A cada página deste excêntrico livro, somos apresentados a um novo conflito, uma nova batalha, que muitas vezes é travada contra o próprio Samsa, uma vez que ele não aceita o fato de tudo aquilo estar acontecendo com ele por causa de sua transformação.
É uma leitura difícil, porém, ao meu ver, vale a pena encará-la, pois o resultado final é uma obra que questiona valores existenciais e as transformações humanas.
Sim! Muitas vezes acordamos metamorfoseados em novos "nós" ainda piores que o inseto que Samsa se tornara. É um dos pontos mais perturbadores durante a leitura, a consciência de que aquilo é, de fato, real. Pois as mudanças que acontecem em nós mesmos são como a de Samsa. Devastadoras, avassaladoras. Assustadoras.
Não encare "A Metamorfose" com aquele peso de "clássico", pois é um livro que só acrescenta mais ao leitor a cada leitura.

P.S. Existem diversas edições deste livro, portanto, qualquer informação referente ao número de páginas etc, pode ser inexata.






2 Comentários

  1. Ual amei não conhecia, muito interessante *-*

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  2. Nossa, ótima resenha, se eu já não tivesse lido o livro, esse seria um ótimo incentivo para lê -lo. Parabéns!

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Ola divirta-se fica a vontade sua opinião é muito importante para nossa equipe
bjks até a proxima. *-*

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