"Tamanha é a fome de tua carne que lateja de maneira excitante quando toca sobre a minha."
(Dievo dos anjos)
Do autor: Aluísio de Azevedo
Versão publicada pela Editora
AVENIDA
Com: 139 páginas
Um Clássico das Grandes Obras da Língua Portuguesa.
O Cortiço
O que dizer dos clássicos? Não é novidade ouvir em grupos de amigos da escola, trabalho e etc, um ou outro falando sobre OS CLÁSSICOS. Muitos são aqueles que enxergam tais obras como um martírio, algo árduo de ser explorado. Mas por que? - Bem, talvez seja porque por serem clássicos possuem uma carga sobre eles que a escola nos passa. A obrigação. Alguns professores passam para seus alunos uma visão difusa dos clássicos, que todo estudante deve ler porque é obrigatório, porque caiem em vestibulares, porque e porque e porque... No entanto, poucos são os educadores que passam para seus alunos o poder, a magia que essas grandes obras possuem. Eu mesmo tinha uma visão preconceituosa dos clássicos. Quando alguém falava em Machado de Assis, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, José de Alencar, Aluísio de Azevedo eu pensava: Meu Deus! Como alguém pode gostar das obras desses autores? E acredito que muitas pessoas tem igual ou parecido pensamento. Contudo, ao término do ensino médio, parado sem fazer nada e sem se senti obrigado a ler, reli Dom Casmurro de Machado de Assis e do nada tive outra visão, outro ponto de vista e meio aquelas palavras que antes eu achava confusas se tornaram magnificas diante de meus olhos. Portanto, essas Grandes Obras da Língua Portuguesa devem ser passada para os iniciantes de maneira prazerosa e esquecer a palavra OBRIGAÇÃO, pois para uma boa leitura é preciso senti prazer, saborear cada palavra, viver, respirar cada página e não passar sobre aqueles que ainda não conhecem tais obras o peso da obrigação de ler tais livros. Ao invés disso, você educador, amigo, família fale para esse novo leitor sobre magia, a riqueza que essas obras transbordam. É nossa história, são nossas raízes que estão presente em cada palavra.
Resenha
"O cortiço" conta a trajetória de João Romão, homem ambicioso, capaz de tudo para enriquecer. O mesmo viveu dos treze aos vinte e cinco anos trabalhando numa venda do patrão, de tanto economizar se tornou rico entre as quatros paredes sujas da venda e quando se retirou do trabalho o padrão não teve outra escolha a não ser lhe deixar como dono do estabelecimento. João Romão, tinha a confiança de uma escrava à Bortoleza, que vivia vendendo angu e peixe e, apesar de escrava tinha sua parte no lucro, mas eis que veio a morte de seu homem e a negra passou a está de segredo com o dono da venda, depositando nele toda a confiança de guardar a recompensa de seu trabalho. Coisa que o vendeiro fazia com muito gosto. O João Romão servia de banco para a Bortoleza e quando ela precisava de um vintém ia ter com ele e ele anotava cada entrada e retirada de dinheiro dela e assim, se passaram algum tempo até que Bortoleza se abusa e procura o vendeiro para comprar sua alforria. João Romão se compromete ajudá-la e quando deram por fé os dois estavam amigados. A Bortoleza passa a morar com o João e trabalha como uma diaba para seu novo homem e o vendeiro cuja sua ambição não tinha tamanho ia enriquecendo às custa da negra cada vez mais. Em pouco tempo ele se torna dono de uma estalagem o que acabou tendo como pseudônimo "O Cortiço". A partir dai começa de forma paralela, a narração das histórias dos moradores da estalagem e tinha de tudo. A Machona, O português, A Rita Baiana, A Nhã Pombinha, O firmo e etc, etc, cada personagem com sua história, com seus lamentos, com seus enredos, com suas forças, porém todos lutando por uma única causa no plano de fundo. A SOBREVIVÊNCIA.
E tem história para fazer boi sorrir! O livro é narrado de uma maneira tão real que contagia o leitor e esse não vai parar até saber o que acontece com cada personagem. Nesta obra você se diverte com os diálogos, irá refletir sobre os dilemas vividos e sem sombra de dúvida o leitor terá uma nova visão dos clássicos.
O cortiço é uma obra Naturalista, que expressa a ganancia do ser humano, que explora os desejos obscenos que cada ser possui dentro de seu íntimo, abordando temas como a avareza, o ciúmes, a traição, o adultério, os amores e o sem sombra de dúvida o povo brasileiro. Tal obra também tem traços do Realismo, uma vez que, aborda temas diários e reais daquela época vivida pelos personagens.
Além de uma obra educativa, O CORTIÇO é um livro que serve de alerta para o que nos tornamos e em que podemos nos tornar. Entrelaçando realidade e ficção a obra é considerada um grande marco da literatura brasileira.
Sobre o autor
Nascido em São Luís do Maranhão, Aluísio de Azevedo foi o primeiro escritor a viver unicamente de literatura. Para isso, escrevia tanto romances de folhetim - obras que ele considerava "comerciais" - quanto naturalistas, que denominava "artísticos". " O Cortiço" está no segundo grupo. Esta obra faz parte da coleção "Grandes Obras da Língua Portuguesa".
"Abra a mente, permita-se novas aventuras, delicie-se com essa fascinante obra que é " O Cortiço." Boa Leitura!
Parabéns pela resenha, a algum tempo tive o privilégio de ler esse livro e dessa forma posso concordar com suas observações a respeito de tal obra. E em relação ao preconceito referente aos livros clássicos tempos q passar a pensar da seguinte forma: o clássico de amanhã serar o que temos de bom hoje, ou seja, um livro publicado hoje, pode se tornar clássico amanhã. Ótimo não?
ResponderExcluirObrigado Lu. Fico feliz que tenha gostado. Sim, é verdade existe muito preconceito em relação aos clássicos, porém isso ocorre por causa da maneira de como tais livros são apresentado aos leitores. Espero que isso melhore com o tempo. Eu também compartilho desse pensamento anjo. :)
ExcluirDiiiii concordo TOTALMENTE com você!! Felizmente eu tive a sorte de ter ótimos professores que colocavam os clássicos como obrigação, mas sim como um meio de ver as coisas com olhos de quem viveu no passado.
ResponderExcluirEu gosto muito de O Curtido, mas tenho que declarar que meus preferidos são Dom Casmurro e Capitães de Areia 💕
Né, Andressa. Que bom que seus professores mostraram o lado bom dos clássicos, um exemplo que todos deveriam seguir.
Excluir:)
Oi Di! Como sempre a resenha ficou mara, parabéns! Eu li muitos clássicos no ensino médio, minha professora de literatura e a de ficha literária sempre nos passavam esses, mas admito que depois disso nunca mais li! :-( E já tem um tempinho hehehehe Mas sempre gostei também, vou colocar de meta ler esse ano!
ResponderExcluirObrigado Susy :) Que bom que leu rsrrs Eu no Ensino Médio não li nenhum clássico, nem livro a não ser os didáticos. Meus professores de LÍNGUA PORTUGUESA nunca incentivava os alunos a ler :(
ExcluirOoooi! Eu já li este livro, só que eu o li em quadrinhos, o que amei! A crítica contida no enredo é ótima, além de mostrar muitas realidades por aí. O li por curiosidade e até hoje tenho as imagens vivas na mente, o final principalmente. Parabéns pela resenha, e espero que você leia mais clássicos, eu não sou muito de lê-los, mas os que já li foram ótimos :) Beeijos!
ResponderExcluirObá! Que bom que gostou rsrsr. Sim, sim, estou lendo um de Machado.
Excluiradoro livros nacionais e esse é showww
ResponderExcluirQue bom rsrsr
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