O livro de hoje é um lindo compilado de poesias, do meu parceiro Renan Alvarenga.

"Cada passo custa uma lágrima 
A alegria é lenço precioso
As renúncias são pegadas da nobreza 
de quem se desafiou a seguir em frente
Quero seguir,
Já que não há opção,
Já que estagnação é prisão"

Não ouso definir este livro que não seja com uma espiadinha de seu interior. A poesia é magnífica. Encantei-me pelos primeiros versos, pelos primeiros poemas. Uma leitura rápida — de minutos —, porém demorada - deixarei-o sempre por perto, e durará uma vida inteira.
Não são raras as vezes que deixo-me levar por poesia. Volta e meia estou a recitar versos do meu querido Poe. Porém raras são as vezes que um livro me toca tanto quanto este me tocou. Não foram poucos os poemas que expressaram aquilo que eu (que me dou razoavelmente bem com as palavras) falhei em expressar verbalmente.
E isto Renan faz com maestria, deixar aquele sentimento de "Te conheço de outros verões..."
Sim! É impossível não se deixar invadir pelas palavras do poeta. E é impossível parar de pensar nelas ao acabar a leitura. 
Quantas constelações merece?
Única pena foi ser tão curto.

Quatro e três da manhã.
Cá estou a espreitar o amanhecer do novo dia.
Procurei estrelas num céu tão encoberto, 
E chorei lágrimas de chuvisco 
ao perceber-me caberem uma gota do pranto celeste.
Há maior solidão na ciência da enfermidade.
Ah! Se não me soubesse tão pequeno!
Dispensável sou.
Ou apenas mais um.
[4h03, Renan Alvarenga]

Agora um poema:
Danadas são as coisas 
Que nos fazem sorrir.
Danada essa resenha
Que te vai te fazer 
Ah, e danado também o mar porque eu tô sem inspiração pra rimar.

 


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