Resenha - Descobrindo Todas as Formas de Amor (Roberta Farig) - Editora Percurso

SINOPSE: O amor pode ser encontrado em diferentes formas e situações. Algumas vezes, ele aparece nos momentos mais inesperados e nas pessoas menos improváveis. Anabella vivenciou isso desde o momento que nasceu. Ela pôde sentir o poder do amor em sua vida, descobrindo, inusitadamente, que esse sentimento salva. Após ser abandonada pela mãe biológica, Anabella passa a viver com os pais adotivos, que lhe dão todo o amor que uma criança deve receber. Com o tempo, ela conhece o mundo e aprende as artimanhas necessárias para sobreviver. O problema é que, algumas vezes, sua inocência a leva por caminhos difíceis, contudo, sempre com alguém a ampará-la, um ser enviado por Deus que muito a ilumina. O amor de um homem não poderia ficar de fora, e a vida traz a Anabella a oportunidade de experimentar uma intensa e deliciosa história. No entanto, nada é por acaso, e no momento em que ela decide se entregar a esse novo amor, uma reviravolta dolorosa surge em seu caminho, obrigando-a a rever seus planos e seus conceitos sobre o amor e a vida.

Okay, eu admito agora não ser o maior fã de romances do mundo, mas não devo deixar gostos particulares influenciarem em uma opinião sobre a obra em si. Roberta consegue, através de seu livro, cativar o leitor com a trajetória de Anabella Zommer em busca de seu amor. O romance parte da personagem já construída, em uma situação de extremo conforto em seu núcleo familiar. Eu caracterizaria a personagem como emotiva, uma vez que ela não poupa os lencinhos ao longo da trama. O início é um pouco slow paced, a autora preferindo não andar muito rápido com os acontecimentos. Superprotegida, Anabella se encanta logo com os primeiros resquícios da liberdade juvenil, e no meio de suas "andanças" surgem possíveis amores essa moça não pode ver ninguém que
já está a fim. Mas a sua maior surpresa vem de onde menos espera, e este envolvimento pode ser sua tentação. Ao longo do livro presenciamos algum overdrama nas relações de Anabella, com os pais, com a melhor amiga, com uma outra amiga lá que surge out of the blue com um drama próprio que me interessou mais que o de Anabella.  Mas as alegrias tendem a durar pouco. O final é trágico e eu amei, podia ter acontecido antes. e "choroso".
Quanto à escrita, a autora conduz a narrativa com uma voz firme e pessoal, contaminada pelos sentimentos de Anabella, portanto apenas temos relances do que passa na cabeça dela, e isso acabou tornando-a uma personagem menos agradável para mim. Não é um defeito de narrativa, apenas eu e Anabella temos uma personalidade polarmente diferente. A escrita é leve e apenas peca no estreitamento do vocabulário, que é simples, porém dominado com maestria.
O livro diverge entre o romance e o chick-lit, deixando o leitor apreensivo para o desdobramento da jornada de Anabella, que acontece no segundo livro da trilogia, "Só o amor pode curar a dor."
Quanto aos aspectos físicos do livro, a edição é linda, com um acabamento perfeito, páginas em tom creme, letras grandes e de fácil leitura, papel de alta gramatura e com todos os inícios de capítulo estilizados, e a primeira folha (igual a capa) colorida. EDIÇÃO LINDA PARA SE GUARDAR EM UM POTINHO. Palmas percurso, palmas Roberta.

quatro estrelas lindas maravilhosas

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