SINOPSE:
Depois de escaparem da Ascensão, Amanda, Lina, Stryker, Ripley e Kai são fugitivos procurados pela galáxia, morando escondidos na fortaleza invisível da Belladonna – e a descoberta de como planetas do Tipo 13 ascendem de nível no cosmos tem consequências imediatas entre as relações da nave. O grupo relutantemente decide então retornar à Terra o mais rápido possível em uma tentativa de prevenir o planeta contra uma iminente vingança de Nitro contra Amanda – mas são surpreendidos ao encontrar apenas destroços onde nosso planeta existia e serem jogados para fora da Belladonna no vácuo do espaço por um grupo desconhecido, que saqueia a nave e os abandona pra morrer. Protegidos apenas pelos seus trajes espaciais – com uma quantidade limitada de oxigênio racionando cada respiro – o grupo se encontra flutuando na escuridão, consumidos pelo nada e sem uma hipótese ou chance restante nas mangas – quando do meio do infinito de estrelas uma de suas luzes ganha força, como se um planeta estivesse rasgando o céu voando em sua direção. No entanto, a luz que avançava como um tiro rumo a eles não pertencia a um planeta, e sim à cauda reluzente de uma libélula monstruosa – do tamanho de uma cidade – voando pelo Cosmos não para se alimentar de sua proteína (por mais faminta que estivesse) – mas pelas ordens de seu capitão.

Primeiramente, faço minhas as palavras de nossa querida Holly Golightly, ao dizer QUEL LIVRO!
Somente quem já assistiu ao filme vai entender essa reação.

Ao comparar os eventos de Interdimensional com Intergaláctica observamos um plot menos frenético que o primeiro, pois aqui o foco maior não é exatamente o quanto acontece, mas o impacto de cada mínima linha.
Muitos personagens dão seu primeiro Oi para o universo de Trotta, enquanto outros dão seu último suspiro.
Apresenta-se, também, mais uma teoria envolvendo o universo e as dimensões (cof cof), que me deixou pensando no tanto que seria real ou fictício, no melhor efeito Donnie Darko (ah, as conspirações <3) . No entanto, a maior agonia nos livros do autor é a possibilidade, em um futuro próximo, de que realmente existam (será?) seres extraterrestres, vida inteligente (inteligente, sarcástica e um pouco feladaputa), alheios a nós. Não somos, ou nunca fomos, sozinhos. E segundo Trotta, tal perspectiva pode não ser tão promissora.
O autor retoma conceitos como a existência de universos paralelos, e uma retomada dos conceitos pós-vida, na criação (criação ou ilustração? RESPONDE ESSA, SR. FRANCO) de um dos universos mais complexos da ficção. (Ficção?)
Acontece algo surpreendente. Amanda perde um pouco de seu egocentrismo. Ela não é mais o enfoque, mas sim o que acontece ao seu redor. A psiquiatra, pela primeira vez, percebe-se pequena em meio ao universo que F.P. expande com maestria. Muito mais é explorado, expandido, enquanto o autor mantém sua narrativa simples, cheia de voltas. Os personagens, velhos conhecidos, são apresentados como mais humanos. Há mais sentimento, há tempo para se pensar, respirar.
Eu realmente comecei a valorizar uma calmaria, ei!
Em terra de Intergaláctica, sobrevive quem souber o que está acontecendo quando algo novo acontece. Simplesmente, em Interdimensional há menos reviravoltas que no seu antecessor, embora as aqui presentes sejam mais significativas. Há mais humanidade em tudo de monstruoso.
É impossível não pontuar o crescimento do autor como escritor, seus personagens, seus diálogos afiados, sua narrativa cada página mais fluida, cativante. Seu universo, cada vez maior. Nós, cada vez menores em meio a tudo.
Uma leitura a cada linha mais incrível, empática.
(O que pode significar um ataque nervoso, principalmente na sequência em que a ganguezinha que eu queria fazer parte, cof cof da Amanda está perdida no vácuo do espaço, em uma agonizante jornada rumo à morte certa).


E Interdimensional tem a Lexxx.
Embora as ~circunstâncias~ tenham me feito achá-la nojenta de início, ela é a Lexxx.
Sim, temos uma nova rainha do livro. Desculpe, Amanda, ninguém derruba a nave-inseto.

"O que é redenção?" perguntou Prince. "Todos pecamos por traços genéticos, está em seu sangue. Pecamos de todas as maneiras e definimos o mal fazendo o bem e levamos isso conosco. Definimos o bem ao fazer o mal e nos condenamos - portanto, não existe alívio para essa condição humana de julgamento e conhecimento que cria leis e pecados." 

5 galáxias.


2 Comentários

  1. A sinopse do livro parece ser legal, mas não sei se ele estaria na minha lista de desejados (tenho que atualizar alguns haha). Adorei a resenha, depois vou pesquisar um pouco mais sobre o livro.
    Abraços!
    umlivroabertoig.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Eu indico MUITO mesmo não sendo um devoto do sci-fi. É bem possível que você vá gostar.
      Abraços <3

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Ola divirta-se fica a vontade sua opinião é muito importante para nossa equipe
bjks até a proxima. *-*

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