Conversando com a Autora Eleonor Hertzog



Eleonor Hertzog é gaúcha de Porto Alegre. É formada em Medicina com especialização em Pediatria e também escritora. Autora da Série de Fantasia Infantojuvenil "Uma Geração. Todas as Decisões" com os títulos já lançados: Cisne e Linhagens.














ENTREVISTA 

1-O que você acha de blogueiros fanáticos por livros?
Aí depende do que você entende por “fanáticos”. Se fanático quer dizer alguém que só lê, sem se preocupar com mais nada, então não é bom, porque as pessoas têm trabalho, estudo, família. Livros são ótimos, mas não são tudo. Mas, se for um daqueles fanáticos moderados (como eu, aliás), que lê em qualquer momentinho de folga, nos intervalos, ônibus e tudo o mais, bom, desses eu gosto! São gente muito dez. Mas também tem outro tipo de fanático, que já vi bastante por aí: blogueiros fanáticos por acumular livros em prateleiras, sem ler. “Um livro fechado é só um bloco de papel”, disse alguém que não lembro quem foi. Esses, infelizmente, são blogueiros com prateleiras cheias de blocos de papel, não livros.

2-Lendo um romance, vendo um filme, uma novela, gostaria de mudar o final?
Na maior parte das vezes, sou uma leitora bem comportada que aceita o final que o autor decidiu dar à sua obra. O que não gosto são os chamados “finais paraquedistas”, ou seja, um final que despenca sabe-se lá de onde só para dar emoção ao final do livro ou filme, mas que não foi anunciado ou sugerido em parte alguma do enredo. Se eu mudaria um final destes? Não. O autor é o dono. Mas, quando me perguntam o que tem de bom para ler, não são livros que recomendo.

3-Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira?
Não. Comecei a escrever para mim mesma. A decisão de publicar surgiu décadas mais tarde.

4-Além de escrever, o que mais faz?
Sou casada, tenho três filhos e um netinho de quase dois anos. Adoro jardinagem, mas não tenho mais tempo. Adoro bordar, e também não tenho mais tempo. Adoro gatos, que exigem seu tempo. E sou pediatra, trabalho em posto de saúde e no consultório.

5-Música de fundo é indispensável?
Não, mas ausência de filhos gritando “manhê” bem que ajuda...

6-É notívago ou só cria à luz do dia?
Crio em qualquer momento em que tiver tempo, mas, se puder escolher, prefiro escrever à noite, depois que todo mundo foi dormir. É mais sossegado.

7-O mais difícil: a primeira ou a última frase?
A última, rsrs. Por isso meus livros são tão grandes!

8-O seu primeiro leitor: você, seu gato, um parente, amigo, editor? Ou convoca a gangue inteira para uma avant-première?
A filha, o genro e uma amiga-irmã gaúcha de nascimento e carioca por opção costumam ser meus primeiros leitores.

9-Quais eram seus passatempos que te levaram a querer contar histórias?
Ler, é claro, rsrs! Sempre adorei ler. E, por gostar tanto de ler, comecei a criar histórias.

10-De onde vêm os seus personagens? São inspirados em pessoas reais ou em fatos?
Meus personagens vêm do mesmo lugar imponderável de onde surge a inspiração. Nenhum deles foi criado a partir de pessoas reais.

11-Qual de suas obras/personagens é seu favorito? Por quê? O que ele significa para você?
Meus personagens favoritos são os doutores Doris e Henry Melbourne. Explico: os protagonistas da série “Uma geração. Todas as decisões.” são seus filhos – seus OITO filhos. Eu precisava dos filhos para o enredo, mas é óbvio que essa turma precisava de pai e mãe. Então, criei um pai e uma mãe para eles. Precisavam ser pais de pulso firme para controlar um bando deste tamanho, mas também deviam ser pais amorosos, compreensivos, e que não tratassem os filhos como bibelôs. Eu precisava de filhos decididos, de personalidade forte. E então Doris e Henry criaram suas próprias personalidades e seu próprio relacionamento com seu bando de filhos. Foi fantástico ver esses personagens construindo a si mesmos e, literalmente, roubando a cena. Henry, apesar de casado e pai de uma turma, é um dos personagens com mais fãs em toda a série! Desbancou até seus filhos muito gatinhos, veja só!

12-Alguns fatos sobre você?
Acho que já respondi a tudo na 4, rsrs.

13-Curiosidades sobre seus livros?
Eles são grandes, eles têm muitos personagens, eles cativam quem lê. Em termos de curiosidade sobre o enredo, uma vez recebi uma queixa bem interessante: a leitora achou que as personagens femininas eram fracas, que o enredo era todo dominado pelos personagens masculinos. Então, pedi a ela que prestasse atenção ao relacionamento de Doris e Henry Melbourne. Ele aparece mais, se envolve mais, enfim, faz mais barulho. É o cara que toma a frente da família inteira. Doris deixa o marido se espalhar, como é do estilo dele. Mas, quando o casal conversa e ela é consultada sobre alguma coisa, sua opinião, apesar de normalmente curta, é sempre objetiva... e sempre acatada pelo marido. No final de Cisne, o primeiro livro da série, quem define o que a família toda vai fazer é justamente ela! Foi bem interessante conversar com a leitora depois que ela releu algumas cenas. Minhas personagens femininas são, por vezes, discretas. Mas fracas ou apagadas, nunca! Aliás, só pra avisar, a protagonista da série é uma garota. E das bem decididas, por sinal! O que não quer dizer que ela sai espalhando bordoadas por aí...

14-Você já tem algum livro novo em mente para ser publicado?
Talismãs, o terceiro livro da série, já está pronto e será publicado ainda este ano.





Sinopse:

Vida e morte
Dia e noite
Sombra e luz
A cada verso, seu reverso.
A cada ação, sua reação.
A cada poder... Seu preço!
Seu poder é gigantesco, meu jovem.
Por isso, você é o Guardião.
Na verdade, você é mais do que um simples Guardião.
Mas...
E se o preço do seu poder for a vida de quem você ama?


Um Comentário

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