SINOPSE:
Entre o fictício e o real, Rino Caldarola narra em primeira pessoa suas desventuras e desatinos em Porto Alegre, sua cidade natal. Inconformado pela escassez de inspiração e à procura de um lugar ao sol no cenário literário brasileiro, o protagonista é o reflexo das desilusões e dos anseios que atormentam uma sociedade cada vez mais conturbada e contraditória.
Com uma narrativa insolente e exasperada, Rino constrói e defende seu espaço pessoal utilizando-se de ironia, arrogância e de um erotismo cru. Busca desvencilhar-se de sua mãe coruja e do seu bairro que outrora fora de classe média, mas agora se elitiza em nome do progresso. E, principalmente, luta para desembaraçar sua paradoxal maneira de pensar e ver o mundo.
É  impossível manter-se imparcial quando o assunto é este livro. Tampouco pode-se defini-lo por poucas linhas de uma sinopse. A história de Rino é a história de uma pessoa que busca inspiração, que mantém-se ao que muitos chamam de "margem", na boemia, e ali encontra prazer.
Entre relacionamentos superficiais (quando estes ultrapassam a saudosa marca de uma noite) e  festas, conhecemos a rotina de Rino, um personagem que larga de quaisquer que sejam os escrúpulos que o mantém na tênue linha do politicamente correto (em sociedade) para viver o autêntico, o seu politicamente correto.

Com uma narrativa ao mesmo tempo leve e pesada crua, Carbonera nos contamina com este verme, o fazendo penetrar em nosso âmago, tão palpável que o personagem Rino se torna ao longo das páginas. Rino é humano, é sagaz, é direto, sem falsos moralismos, sem falsa etiqueta. Ele é quem é, e o livro nos impõe isto desde o primeiro contato.
A história é ambientada em uma Porto Alegre que é levada ao leitor de forma encantadora. Após ler, queria pegar um ônibus imediatamente, mas não, não deu, por quê, vida?
Os pensamentos de Rino são repletos por angústias e dúvidas comuns a qualquer um, quando eu digo qualquer um significa que você vai se pegar dizendo "AHAM CARA EU SEI".
Ao mesmo tempo exótico e violento (uma violência contra os padrões), a obra de Jim é um marco na literatura contemporânea. O Realismo Urbano em sua melhor forma. Durante a leitura, não pude deixa de notar que a narrativa beira uma auto-ficção, como reforçado por Jim. Não se sabe o que é real e o que é fictício, tamanha destreza do autor, tamanha sua capacidade de infligir reflexão e empatia. Um criminoso da literatura, sequestrando nossos pensamentos, apoderando-se deles. Ao ler, nossas sensações estão à custódia do narrador, que nos passa cada aspecto das situações, das sensações físicas aos mais profundos pensamentos.
Quanto à linguagem, Jim não poupa seus palavrões, suas descrições explícitas e sua encantadora maestria com as palavras. É um livro que só larguei uma vez, por motivos comer, dormir, ter vida.   Rino torna-se mais que apenas um personagem, habitante das linhas do livro, mas real, impregna-se em nossa mente, nos faz sofrer com ele, sentir com ele.
Um livro fantástico e simplesmente imperdível.
E, quase imediatamente após fechar o livro, um pensamento não vai deixar de lhe ocorrer.
"EU PRECISO DO ROYAL 47."
#JimCarboneraParaDonoDoUniverso
Para saber mais sobre o autor, clique aqui. E aqui para uma entrevista que a Pri Savioli a chefa fez com o autor.


4 Comentários

  1. Uau! Cara, tuas renhas é tipo assim: Tentadoras! Muito boa!

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  2. Bela resenha, parabéns.

    O livro parece fantástico!

    Abraços.

    leootaciano.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Como assim, "parece"? Chega a ser quase ofensivo. Enfim, Léo, leia esse livro e vamos discutir sobre ele.
      Obggg por comentar.
      Abraços!

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bjks até a proxima. *-*

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